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Mostrando postagens de agosto, 2008

Fantasia

Essa semana, eu encontrei um aconchego, um abrigo nas minhas memórias da infância. Lembrei de uma crônica da Denise Fraga para a revista Crescer (editora Globo) em que ela fala que só quem chupou bico na infância pode entender o prazer isso. Eu não lembro da delícia de um bico, mas outras lembranças da infância me trazem um prazer inigualável, a fantasia das minhas brincadeiras... Montava uma casa inteira com livros e vasilhas de cozinha que serviam de piscina. Os personagens eram bem diversificados e faziam parte de uma estória criada pela minha imaginação. Eu passava o dia dentro de um contexto totalmente alheio ao mundo real ao meu redor. Tive uma infância maravilhosa, com muitos amigos e brincadeiras de rua, coisa que está se perdendo na sociedade atual. A violência restringe muito a liberdade das crianças, mas aquele meu mundo particular era inigualável, tinha um sabor diferente. Outro dia minha mãe comentou de forma nostálgica que eu esquecia do mundo brincando com aquelas mini

Frida

N ão é preciso entender de arte para amar Frida Kahlo. Eu apenas admiro alguns pintores e escultores sem pretensão de ser uma grande entendedora desse tipo de trabalho. Há alguns anos, li O Diário de Frida Kahlo e por meio dele tive contato com seus quadros. Acho que me apaixonei pela sua história antes de apreciar o seu trabalho. Tive um olhar especial pra todo o sofrimento de uma vida, um acidente trágico e um amor dolorido como uma ferida exposta. Ao ler Cartas apaixonadas de Frida Kahlo, minha falta de apreço por Diego Rivera se acirrou. Como eu odiei a criatura por ser tão infielmente cruel. Chegou a se relacionar com a irmã de Frida. Como, diante de tão famigerada dor física, ela ainda se apaixonou por ele? A ssim que foi lançado no cinema, assisti Frida, não gostei, saí de lá frustrada porque não conseguiram transmitir nem um terço do tamanho sofrimento passado por ela. Anos depois, tive que encarar novamente o filme para participar de um debate promovido pela Interse