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Mostrando postagens de abril, 2009

Desculpem o sumiço!

Amigos(as), Estive ausente durante os últimos dias e não trouxe nenhuma novidade para o blog. Foi mal! (rs) Prometo algo novo na próxima semana. Enretanto, nesse final de semana minha colega Leila vai fazer uma apresentação cujo tema é "Pai Ausente". Será o primeiro encontro do grupo "Por Dentro do Ser", aqui em Brasília, que terá o propósito de debater questões da psique humana, de uma maneira crítica e inovadora. Tenho certeza de que será um sucesso. Quem se interessar, entre em contato pelo blog! abraços e até semana que vem.

Desejo, sujeito da psicanálise e ser-humano

Hoje pretendo fechar o raciocínio a respeito do desejo e a constituição do sujeito, que se iniciou no primeiro texto que postei. Para isso é importante marcar com atenção, desde o início, a distinção que há entre dois conceitos diferentes e que, até a publicação desse texto, não havia sido feita de forma clara: o sujeito do inconsciente ou sujeito da psicanálise, incurável, objeto de atuação dos psicanalistas e cuja formulação, no meu modo de ver, nem sempre é clara (em tempo, apesar de prolixo, Lacan tem um pouco mais de êxito nessa tarefa do que Freud) e o "sujeito-sintoma" ou ser-humano, que sou eu, você e qualquer um andando na rua ou lendo este blog. O primeiro se constrõe no setting psicanalítico, ou seja, no consultório. Deitado no divã, o analisando teia junta com o analista a trama linguística de inconscientes que desvela a cadeia de significantes e dá origem a esse sujeito da psicanálise . Ele é produto do fenômeno psicanalítico, do "aqui-agora" psicana

Desejo e sublimação 2

Como eu disse na semana passada, Freud também tratou da questão da sublimação do desejo, mas para encontrá-la em seu texto O Mal-Estar da Civilização farei um percurso mais extenso pelos seus argumentos. Mas não se preocupem, pois esse caminho é extremamente interessante para o debate que proponho. Freud inicia o referido texto às voltas com uma inquietante colocação feita por um amigo (Romain Rolland), a respeito da fonte da religiosidade, que seria experimentada por milhões de pessoas. Trata-se de um "sentimento oceânico" compreendido por Freud como sendo um sentimento de vínculo indissolúvel, de ser uno com o mundo externo como um todo. Na sua experiência ele (Freud) não conseguiu se convencer da natureza primária desse sentimento reconhecendo, todavia, que isso não lhe daria o direito de negar que ele de fato ocorra em outras pessoas. Diante dessa situação, ele propõe uma explicação psicanalítica para essa questão. Ao debruçar-se para melhor apreciação do tema, Freud se r