Postagens

Imagem
  Colcha de retalhos é um filme de 1995, um dos meus favoritos da vida. “ Enquanto elabora sua tese e se prepara para se casar Finn Dodd (Wynona Ryder), uma jovem mulher, vai morar na casa da sua avó (Ellen Burstyn). Lá estão várias amigas da família, que preparam uma elaborada colcha de retalhos como presente de casamento. Enquanto o trabalho é feito ela ouve o relato de paixões e envolvimentos, nem sempre moralmente aprováveis mas repletos de sentimentos, que estas mulheres tiveram. Neste meio tempo ela se sente atraída por um desconhecido, criando dúvidas no seu coração que precisam ser esclarecidas.” ( Do site Adoro cinema) A relação de Finn com a mãe é bem complicada. Os pais dela se separaram quando ela ainda era bem pequena mesmo di zendo que o amor não tinha acabado. Durante anos a mãe fez inscrições negativas sobre casamento: - Monogamia não existe - Quando se casasse, logo Finn iria arrumar um amante. - Compromissos para a vida toda são impossíveis. Quando ela j
Imagem
            Os r eferenciais familiares estão entre os meus assuntos preferidos porque explica m muito da nossa composição ps í quica. Quem nos insere no mundo da linguagem são nossos pais ou as pessoas com as quais temos ligação forte, convi v ência diária. Por um bom tempo o mundo é mostrado pelo olhar destas pessoas . Q uando nosso olhar se torna independ e n te vamos dar significado à nossa individualidade. Criando nosso mundo, nosso olhar vai te ndo a composição do que ouvimos e do que vivemos e , assim , como vamos reagir diante das experiências que a vida vai nos mandando ? Vamos repetir? Talvez, mas podemos escolher fazer diferente. Diante da experiência que vivenciamos com os nossos, podemos, escolher que não queremos agir daquela forma , que foi uma marca da família durante parte de nossa vida. Você pode escolher quebrar, fazer diferente porque reconhece que aquilo não é positivo.      Tive uma paciente que a avó, que cuidou dela por muito tempo, penteava seus
Imagem
  Aquiles é a maior representação das pessoas que nascem com um propósito. Ele foi um herói grego, praticamente invencível e rebelde. Não queria estar ligado formalmente a nenhum exército, gostava de escolher suas batalhas. Tétis era sua mãe, uma ninfa. Seu pai era Peleu, um mortal. Inconformada por seu filho não ser imortal, Tétis o mergulhou nas águas do Rio Estige. Quem se banhasse naquelas águas se tornaria imortal. Mas, Tétis segurou Aquiles pelo calcanhar, que não foi tocado pelas águas. E essa era a vulnerabilidade de Aquiles. Por isso, usamos a expressão "o calcanhar de Aquiles" quando nos referimos às nossas vulnerabilidades. A nossa reflexão de hoje está voltada para o grande propósito da vida, que era muito evidente no Aquiles guerreiro. Quando Menelau e Agamenon manifestaram interesse em que Aquiles participasse da guerra contra Tróia, Aquiles consultou sua mãe sobre essa decisão tão importante. Ela disse: "Se você ficar, vai se casar, constituir família, ser
Imagem
Acredito ser importante honrar nossos ancestrais familiares, aqueles que vieram antes de nós e nos permitiram estar aqui construindo a nossa história para os que virão: nossos filhos, netos e bisnetos. É igualmente importante agradecer àqueles que construíram um caminho antes de nós, mesmo que não sejam nossos familiares, mas prepararam algo para nossa chegada e deram todo um sentido à nossa vida.  Costumo agradecer a Sigmund Freud, esse ser lindo, que teve a coragem de expor à sociedade do século XIX, suas teorias psicanalíticas tão inquietantes. Graças a ele, quando resolvi enveredar por esse caminho, estava tudo pronto e bem estabelecido. A psicanálise me trouxe clareza, renovação e vigor. No início, com a minha imaturidade, acreditei que poderia mudar o mundo e tudo seria só beleza. Agora, há anos nessa estrada, entendo que o pedacinho que conseguir plantar fará uma transformação divina. A Freud, Jung, Bion, Winnicott, Melanie Klein, Lacan apenas agradeço com alma e mais puro amor,
Imagem
  Para Maria da Graça Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas. Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti. Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade. A realidade, Maria, é louca. Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: “Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?” Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu no mundo?” Essa indagação perplexa é lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus os

Autoanálise transforma

A s pessoas resistem muito à análise. Acho libertador e, por muitas vezes, dolorido. Mas, talvez, precisamos mesmo passar pela dor para, enfim, nos libertar. Confesso que fiquei um pouco frustrada, quando, durante o curso de psicanálise, descobri que "cura" não existe, o que buscamos é adquirir a capacidade de lidar com nossos problemas Mas, parando para pensar, estamos sempre às voltas com nossas questões.... e, depois de uma, sempre virão outras. Se, em maior ou menor potência, vai depender das nossas escolhas. A cura talvez seja uma boa habilidade para lidar com as situações e pessoas que estão em nossas vidas. Reside no poder da autoanálise essa destreza em lidar com o que aparece. Quando sabemos quem somos, não é qualquer coisa que pode nos abater, e temos clareza de como enfrentaremos nossos problemas. Costumo falar que autoconhecimento está em tudo. Claro que uma terapia bem feita seria de uma riqueza incomensurável, mas aproveite as oportunidades diárias. Seja uma con

Quando um mundo se abre à sua frente...

Imagem
Há alguns anos, fiz minha formação de Profissional Coach e Analista comportamental(IBC). Um mundo de possibilidades se abriu a minha frente, não só profissional, mas também sobre a minha pessoa. Era enorme a demanda de pacientes que precisavam ter atitude diante de suas escolhas ou impasses na vida. Por isso achei que essa formação iria me ajudar a ajudá-los.  O curso trabalha muito autoconhecimento, que acho ser a chave de tudo na vida. Aprendendo a ser Coach e trabalhando as ferramentas vamos nos descobrindo e nos capacitando mais para trabalhar com os coachees.  A Roda da vida dá um panorama geral sobre quais campos da vida estão precisando de cuidados. Levantamos estratégias de como alavancar e uma coisa puxa a outra. A partir daí, podemos focar no objetivo do coachee, sempre com clareza de meta, motivação e estratégias.  As ferramentas são inúmeras e assim, com todo comprometimento e competência do coachee e do coach, tudo dará certo. O processo de coaching tem tudo a ve