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Mostrando postagens de 2014

Conscientize-se

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T enho me deparado muito com uma palavra chave de uns tempos para cá: Consciência. No processo terapêutico, o primeiro passo é a consciência. Alguns pacientes já chegam “conscientes” do que seria um problema. Outros chegam com a perspectiva de se conhecerem e vão tomando “consciência” durante a primeira parte do processo. A maior parte das coisas que nos causam insatisfação depende do nosso movimento para que alguma coisa mude. Na maioria dos casos, ao menos, uma parte depende da gente. O que é mais difícil: depender de nós mesmos ou do outro? C ada um vai explicar de maneira pessoal a sua alternativa. Eu diria que estar na mão de um outro é mais difícil, depender do movimento do outro é mais complicado. Embora o comodista adore que o outro faça o movimento para que não precise partir dele a ação. Isso é cômodo, mas tem um preço altíssimo e uma hora a conta bate na porta. Seja uma cobrança da vida ou do fornecedor. As pessoas acham que fazer terapia dói. Dói mesmo e já começa nes

Por que tem que ser igual?

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      O ser humano passa a vida tentando encontrar o seu encaixe. Como seria este encaixe, o igual ou o diferente? Diria que o diferente é sedutor e assustador, o igual é seguro. Afinal, lidar com o conhecido é mais fácil. Isso justifica tanta coisa, inclusive a repetição das figuras parentais. É mais fácil repetir pai e mãe que se rebelar contra eles. É sempre o mesmo processo. Por exemplo: a mulher que é agredida pelo marido constantemente. Para ela o mundo lá fora é assustador porque é desconhecido. Dentro do seu mundo ela é agredida, mas sabe exatamente o que vai acontecer todos os dias. Como mecanismo de defesa se julga merecedora e justifica a sua inércia.  Vou me remeter a um assunto pessoal: meu marido adora ficção científica, eu detesto. Gosto de romance, filmes baseados em fatos verídicos e drama. Ele adora vídeo game, eu não sei nem pegar no controle; ele é da área de direito, eu de psicanálise; ele gosta de viagens de avião e eu de carro; el

Por Dentro do Ser realiza mais um evento em Brasília!

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Eu tinha um cachorro preto, seu nome era depressão

A terceira margem do rio

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A terceira margem do rio Guimarães Rosa Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.

Sobre o pai real

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